A adoção deve e precisa ser segura. Para a criança ou adolescente e para os seus pais. Para que isso ocorra deverá ser seguido o caminho da LEI, de acordo com os trâmites legais e necessários. Demora? Sim, demora. Por um lado existe uma família de origem que abandona seu filho ou o entrega espontaneamente na Vara da Infância. Outra possibilidade será quando for retirado dos familiares por determinação judicial devido maus tratos, negligência e outros motivos e será acolhido.
Esta criança será acolhida numa instituição e voltará para a família, se isso for possível e adequado, ou então, irá para adoção. Para se resolver isso também há um trajeto para ser percorrido. Se a criança for Destituída do Poder Familiar (consentimento da família de origem) e encaminhada para adoção ela precisará de um tempo para se desvincular emocionalmente da família genética e isso dependerá da idade em que se encontra.
No outro lado estão os pretendentes à adoção que desejam que tudo aconteça rapidamente. Pais apressados em serem pais mas precisam de um tempo de preparação psicológica, de estudo, leituras para amadurecer seu desejo e entender o que os aguarda e saber conviver com o filho que chegará trazendo suas peculiaridades. Tudo tem um “momento certo” para acontecer.
Se uma criança sai de uma família genética direto para a família adotiva não será uma adoção segura. Se um bebê sai direto do hospital para os novos pais, não será uma adoção segura. Se uma criança está abandonada na porta de uma casa e os moradores ficarem com ela, não será uma adoção segura. Se uma criança for entregue para uma família por alguém que deseja “ajudar” , não será uma adoção segura. Em todos os casos das adoções realizadas sem intermediação judicial, a criança será retirada desta família irregular e haverá muito sofrimento.
Os pais são adultos, erraram, mas a criança como ficará? A criança PRECISA SER PROTEGIDA RECEBENDO PAIS PREPARADOS e HABILITADOS para a adoção. A criança ou adolescente deverá entrar numa família e ser recebido por todos do núcleo familiar onde irá se reconciliar com sua vida sofrida. Necessita de amor, carinho, compreensão, paciência, educação, instrução e limites . Adoção não é um contrato passageiro, que tem um tempo de validade. É um aliança permanente e deverá acontecer de forma segura.
Adoção não é para substituir o filho que não chegou pelas vias naturais, é uma opção consciente, desejada e madura. É para sempre. A criança acolhida e indicada para uma adoção precisa ser respeitada pelas autoridades competentes e não ser esquecida na instituição. Precisa de um tempo ágil para resolver sua situação e ter o direito de viver numa família. Com segurança total !