É uma quantia em dinheiro que periodicamente os pais dão aos filhos. As crianças e os adolescentes dependem dos pais para adquirirem bens de consumo que desejam, seja por luxo ou necessidades pessoais.
Depois de certa idade os filhos precisam de uma mesada para que tenham consciência sobre o valor do dinheiro e o que se pode fazer com certas quantias.
O início da mesada educativa poderá acontecer por volta dos 5 ou 6 anos, quando demonstram desejo de consumir sozinhos. Será a “semanada” pois ainda terão dificuldades para administrar seus ganhos. Aos 11 anos já poderão receber uma mesada quinzenal mas ainda precisam ser acompanhados nos seus gastos, ajudando-os estabelecer metas e prioridades.
Servirá para formar hábitos e também aprender o valor do trabalho incentivando utilizá-lo da melhor maneira, fazendo durar e aprender economizar para adquirir bens que deseja comprar com o que recebe.
Ajudará também a aprender os cálculos matemáticos além de uma ótima oportunidade de ensinar os pequenos a lidar com finanças. A tarefa não é simples, tem regras e, para que dê certo, exige comprometimento de pais e filhos.
O importante é que a quantia e a data combinadas devem ser cumpridas rigorosamente pelo responsável por fazer o pagamento. Ao mesmo tempo, a criança tem de entender que, se o dinheiro acabar antes, vai ter que esperar até a data acordada para receber novamente.
Os pais que ficam penalizados com o filho que “ficou sem dinheiro” e antecipam a mesada, perdem a oportunidade de ensinar que será necessário administrar rendimentos e escolher o que e quando comprar com eles. Os pais devem estar de acordo com a regra estabelecida e que um deles e apenas um seja o pagador.
Poderão combinar a realização de certas tarefas (guardar brinquedos, sapatos etc.) e ter um ganho extra, um “bônus” ou então, combinar a quantia e ir fazendo descontos quando não cumprirem as tarefas estipuladas.
Ensinar anotar os gastos e os custos. Se for adolescente, a mesada poderá servir para pagar o ingresso do cinema, as figurinhas das coleções, sorvetes, lanches e também aprender poupar para adquirir algo especial que deseja e entender os limites do dinheiro.
Quanto dar ao filho? Inicialmente dependerá de como é o perfil familiar, os ganhos dos pais, respeitando o orçamento familiar e o meio social em que vivem. Se os filhos forem mais de um, cada um receberá quantias adequadas a sua idade. Vivemos numa época muito consumista e descartável, bom momento para ensinar os valores de vida ligados a isso.
Importante será não exagerar no valor oferecido, para não criar um hábito negativo e não dar dinheiro todo dia. Se acontecer da criança não cumprir os combinados poderá perder parte da mesada. Por isso será interessante acordar como tudo será feito, particularmente se o filho já tem entendimento.
Com a mesada ensina-se a planejar, investir, guardar, cuidar das cédulas não rasgando ou escrevendo, significado de caro ou barato, aprender equilibrar receita e despesa, economizar para adquirir algo.
Os pais não devem ficar dando presentes continuamente. Além do exagero e de ser desnecessário estimulam o querer mais e mais. Respeitar as datas normais com o aniversário, dia da criança, Natal. Ganhar é diferente de precisar.