Escola para meu filho

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Ao adotarmos uma  criança ou adolescente que se torna FILHO desejamos que seja feliz conosco e quer lhe proporcionemos meios  para construir sua vida.

Além do nosso papel de pais sabemos a importância da ESCOLA em sua vida. A escolha deste  local é muito importante. O que faço? Meu filho chegou crescido e já frequenta um colégio conveniado com a Instituição de Acolhimento onde vive.

Há muitas questões para pensarmos. A adoção foi na mesma cidade?  A escola fica longe ou próxima de minha residência? Ele está  satisfeito? Que época do ano letivo ele se encontra? Os valores passados por esta escola me satisfazem? Seu rendimento escolar como está? É respeitado? Está feliz?

Temos que ver se este filho ainda é pequeno ou se está em série alta. Se  pretende mudar será melhor fazê-lo em período de recesso, de férias. Conversar, explicar, afinal estará mudando da Instituição para uma família e a escola será mais uma referência que terá que perder. Uma escola semelhante a anterior é o ideal.

A escola que os pais desejam  apresentam melhores oportunidades para ele? Já a visitaram? Entenderam como será recebido, sem pré-julgamentos? A idade cronológica do seu filho acompanha  a dos demais alunos da série em que se encontra ? A classe social desta escola é compatível com a sua?

A escola fará parte de sua biografia, é um espaço onde as crianças se expõem, se socializam, se mostram  tanto nas suas possibilidades como nas dificuldades cognitivas ,sociais e emocionais. Se algo não vai bem em casa, a escola perceberá.

Há pais que conversam com a equipe pedagógica buscando compreensão para as possíveis atitudes do filho, lhes explicando sua origem, sem no entanto contar os “ mínimos detalhes” de seu histórico para evitar preconceitos. Evitar que seja exposto à curiosidade dos colegas e seus familiares e ainda não ser foca de  “ compaixão” ,ser o coitadinho da escola.

Nas escolas estão matriculados filhos  consanguíneos, adotados, os que tem só mãe, só pai, dois pais ou duas mães ,vivem com demais  familiares e deverão ser igualmente acolhidos e respeitados. Por isso sugerimos que  o Dia das Mães e o Dia dos Pais seja trocado pelo “ Dia da Família”.

Os professores raramente  estudam o tema “ adoção” nos seus cursos de formação. Por isso a escola deveria, em suas reuniões pedagógicas,  trazerem o assunto à baila para que estes mestres percebam  a necessidade de conhecer a história de seus alunos extra muro. São muitas realidades dentro de uma sala de aula.

Há professores que associam dificuldades escolares e comportamentais á adoção. A  maior parte de suas turmas são de filhos consanguíneos e tem dificuldades, as mesmas dos adotivos,  mas não são rotulados. Pelo contrário,  há professores que se tornam grandes aliados às famílias, ajudando-as nas percepções observadas nas crianças.

Por outro lado há pais que ocultam a adoção por medo da exclusão e preconceitos. Será mais tranquilo existir uma conversa aberta e se aliarem na construção de vida saudável deste aluno.



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