Para que uma adoção se realize há necessidade de seguir os trâmites legais: documentos, entrevistas e frequentar a preparação ofertada pelos Técnicos Jurídicos e Grupos de Apoio.
Será observado os requisitos legais como condição de exercitar o papel de pai/mãe, boa conduta, padrão moral, cultural e espiritual, a real motivação e as vantagens para a criança que é a prioridade.
A orientação sexual dos pretendentes não é obstáculo para se indeferir um processo adotivo. Pela Lei 12010?09,Lei Cleber Matos, no artigo 37,segundo parágrafo encontramos: “para adoção conjunta, é indispensável que os adotantes sejam casados civilmente ou mantenham união estável, comprovada a unidade da família”.
A Lei fala na adoção conjunta e não diz se esta união terá que ser entre um homem e uma mulher, dois homens ou duas mulheres.
A homossexualidade não determina a evolução da identidade sexual dos filhos. Lembramos que são casais heteros que geram filhos homoafetivos. A sexualidade não impede o potencial de prover uma criança com recursos materiais e pessoais.
O sexo é um sentimento pelo qual nos percebemos homens ou mulheres e está no nosso principal órgão sexual: o cérebro ! O relacionamento genital chama-se coito.
As pessoas, sejam homo ou heterossexuais não escolhem a orientação sexual. Não é opção voluntária e sua descoberta gera angústia, medo e ansiedade.
O amor dedicado aos filhos não está ligado ao sexo dos pais e nem aos laços de consnguinidade.
O maior problema com a adoção homoafetiva diz respeito ao preconceito social. As atitudes discriminatórias acompanham os pais e o filho, por isso, esta adoção exige grande preparação dos adultos bem como da criança ou adolescente que será filho.
O preconceito entre as crianças ocorre devida a educação transmitida pelos pais e influência dos adultos.
Há os que alegam que numa adoção homoafetiva faltará o elemento masculino ou feminino. Os pares homoafetivos tem família: existem avós, tios ,primos e amigos.
Portanto uma criança adotada por pares homoafetivos tem plenas condições de desenvolver-se sadiamente não havendo nenhuma predisposição a ter qualquer problema emocional.
As pessoas “herdam” a história de vida de seus pais, não a orientação sexual. A realidade é que vivemos novos tempos, com uma nova realidade social, política e cultural, e é preciso nos adaptar e captar as novas formas de viver os relacionamentos fundamentados na afetividade.