A adoção de um filho poderá ser feita por uma pessoa, seja homem ou mulher, solteiro(a),viúvo(a), divorciado(a),contando que sigam o que a Lei 12010/09 prevê. No caso de um casal ou um par homoafetivo, o desejo da adoção deverá ser “ um desejo firme dos dois”.
Os dois devem estar alinhados, conversar muito, decidir e concluírem que é um querer sincero e para sempre, um compromisso responsável. Quando um deseja o filho e o outro “ apenas” concorda, a adoção será fracassada e o prejuízo sempre será para o lado que mais precisa:o filho que normalmente será devolvido.
Sempre dizemos que a adoção é um ato ESPONTÂNEO e VOLUNTÁRIO. Ninguém obriga um pretendente buscar a adoção. Irá porque quer, porque assim decidiu. Então precisam se preparar, ler, estudar, conversar, frequentar Grupos de Apoio, levar a filiação adotiva com compromisso.
A preparação dos pretendentes não se limita a um mini-curso ou palestras. É um ato contínuo mesmo depois da chegada do filho. Existem Grupos de Apoio com ofertas de propostas de “ pós-adoção”, ou então, buscar terapia. A terapia deveria ser uma exigência para os pretendentes. Os casais se conhecem como “marido e esposa”.Com a chegada do filho irão se reconhecer como “ pai e mãe”.
O casal irá reviver seu romance familiar da sua infância, como viveram, como foram educados e este “ reconhecimento novo” poderá gerar conflitos entre eles e culparão o filho pelo desencontro entre os dois. Cada um deseja educar como foi educado e as diferenças entre as formas de educação aparecerão. Se existem já outros filhos, sejam adotivos ou consanguíneos exigirá maior preparação pois a chegada de um novo membro atingirá os já existentes.
Durante a espera pelo filho poderão escrever um relato de como foram educados ,discutirem ,se mostrarem e com isso se conhecerão com mais profundidade e construirão um projeto educativo para o futuro filho. O alinhamento do casal envolve também a família extensa: avós, tios, que muitas vezes darão “ palpites educativos” ou comentários preconceituosos. O maior preconceito em relação ao filho que chega vem da própria família e amigos próximos. Quem não sabe que o filho foi adotado o tratará como criança ou adolescente que é.