Adoção e a pandemia

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Em meados de março de 2020 recebemos a notícia que algo chamado “Corona vírus (COVID 19)” se instalou entre nós. Tomou conta do Planeta,  o que é chamado de pandemia. Nos fez entrarmos em isolamento, usar máscaras e vivermos uma vida diferente. Vivermos de um jeito que não sabíamos viver.

O mundo  se viu atropelado por “ uma coisa” invisível mas poderosa. Uma coisa que provoca doença e morte. Algo para ser respeitado. Algo que está além de nossas forças, nossas escolhas, conhecimento e inteligência.

O que a adoção tem a ver com esse assunto? Muito.  Crianças e adolescentes isolados nas instituições sob os cuidados dos responsáveis, recebendo atividades escolares “on live” e sem ter muitas pessoas disponíveis para ajudar. Terão computadores disponíveis para tantos usuários? Ou quem vá até as escolas buscar as atividades?

São crianças e jovens que  já tem vida anterior complicada, com tudo isso  ficará mais evidente o atraso escolar. Outra coisa : como fazer aproximação e convivência real com os futuros pais? Será que virtualmente terão a possibilidade de se conhecerem realmente?

E nas comunidades periféricas como estão as crianças? Será que seus familiares estão pacientes ou a negligência e maus tratos aumentaram ? Ainda: as crianças que perderam pais por morte covid e se encontram numa orfandade, estão sendo cuidadas?

A pandemia prejudicou o trabalho profissional de muita gente, veio o desemprego deixando os pais angustiados, depressivos, dependendo de caridade ou solidariedade, será que conseguem ter paciência e amor para dar aos filhos se eles mesmos estão carentes ?

Daqui alguns tempos será possível constatar as sequelas emocionais dessas crianças que vivem a pandemia. Algumas passam por falta de atenção ,carinho, paciência, alimentos e convívio social com outras da mesma idade.

Em lares mais estruturados, com computadores disponíveis para as aulas “on line” , tendo pais que tiveram que virar professores, mesmo assim impossibilitados de uma socialização. Sem aniversários, adolescentes sem baladas, sem passeios nos shoppings, tendo que viver no convívio adulto. Jovens que não podem exercitar as paqueras e as paixonites próprias da idade pois virtualmente não é a mesma coisa.

E os “ idosos” que viraram grupos de risco e com isso os netos não podem desfrutar do seu amor  e até acompanhar seu funeral, caso aconteça.

Entendemos que tudo é temporário. Como dizem: vai passar! Com isso despertamos pelo valor da família, da solidariedade e aprendemos agradecer  e respeitar mais a vida ,

Que mundo estamos vivendo?  Por que ?  Até quando?



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